Secretário Gustavo Marques destaca ações que permitiram dar continuidade ao programa. |
A Prefeitura de São Luís garantiu o aditivo do contrato
de empréstimo do Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de
Vida da Bacia do Bacanga financiado através do Banco Mundial. O aditivo foi
referendado este mês pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério
do Planejamento e pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
Com a medida, o prazo para conclusão das obras se estende por 22 meses,
findando em outubro de 2015.
O acordo de empréstimo foi assinado em novembro de 2008.
Embora com mais de seis anos em vigência, o programa apresentava deficiências
em seu desempenho e problemas de gestão. A Secretaria Municipal Extraordinária
de Projetos Especiais (Sempe) iniciou em janeiro uma série de providências para
equacionar os problemas que estavam acumulados.
“O contrato ia se encerrar em dezembro de 2013 e não
vinha apresentando condições de ser executado dentro do prazo de encerramento.
Estabelecemos então metas para serem cumpridas até agosto deste ano, sob pena
de encerramento do contrato. Nós, então, repactuamos o cumprimento de metas.
Com isso conquistamos o aditivo para que fossem concluídas às ações previstas”,
esclarece o titular da Sempe, Gustavo Marques.
A aprovação do aditivo não altera o valor inicial do
contrato de US$ 36,64 milhões, assinado pela Prefeitura de São Luís com o Banco
Mundial. O aporte de recursos suplementares que serão usados na próxima fase do
programa, que consiste na concretização de obras físicas, serão custeados com
recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. O
incremento está previsto no contrato estabelecido com o Banco Mundial.
Na próxima semana, os representantes do Banco Mundial
desembarcam em São Luís. Eles vão inspecionar documentos, visitar obras e
promover reuniões com a Prefeitura de São Luís. A coordenação da visita será
feita pela Sempe. “Nesta visita nós vamos ver as obras que estão sendo
retomadas e principalmente os avanços institucionais, técnicos e contratações.
Vamos visitar a praça do PEC do Rio da Bicas”, adianta Marques.
O programa consiste em centenas de ações, incluindo obras
e atividades de fortalecimento institucional. O objetivo é fortalecer social e
economicamente populações da área do programa. Entre as ações de fortalecimento
destaca-se a concretização do Plano de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF). O
PDF trabalha a capacitação dos empresários locais dando oportunidades aos
pequenos e micros empresários de concorrerem na prestação de serviços à
Prefeitura de São Luís e demais órgãos públicos assim como grandes empresas.
BARRAGEM DO
BACANGA
O secretário Gustavo Marques afirma que os principais
problemas que o programa enfrentava encontram-se saneados. Ele enumerou
deficiências de licenciamento, de definições técnicas de projetos e de caráter
institucional, todas superadas na atual gestão municipal, como, por exemplo, da
Barragem do Bacanga, estrategicamente importante para continuidade das ações.
“Essa era uma deficiência institucional que teve que ser
superada. A Secretaria de Estado de Infraestrutura [Sinfra] se comprometeu em
realizar obras de recuperação da barragem. Existe um projeto feito por uma
empresa privada. Agora a Sinfra vai proceder a contratação de uma empresa que
fará o serviço”, explicou Gustavo Marques.
A recuperação da Barragem do Bacanga é uma condicionante
para o êxito do programa. Sendo o programa na bacia, suas ações estão no
interior do espelho d´água do Rio Bacanga. Daí, a necessidade de haver
segurança plena de que a Barragem não comprometa o conjunto de ações. Das três
comportas da barragem, apenas uma está em funcionamento, sendo operada
manualmente.
Outros obstáculos estão sendo superados pela Sempe como a
adequação de projetos, relocação de espaços, autorização de utilização de áreas
que até então não tinham o aval da Secretaria de Patrimônio da União, entre
outras ações.
Este ano já estão sendo desenvolvidos projetos
habitacionais para resolver o problema à margem direita do Rio das Bicas, que
está sendo limpo e canalizado como parte do programa. O avanço das obras
depende da retirada de cerca de 30 ocupações instaladas no leito do rio. A Prefeitura
vai oferecer unidades habitacionais para abrigar as famílias removidas após
discutir sobre o tipo de moradia e respectivos projetos técnicos.
“Além
da questão da drenagem, da infraestrutura, tem outro benefício que é a
urbanização do entorno das margens do rio, que ganhará um parque. Na verdade
estamos falando de três projetos: de drenagem, habitação, lazer e paisagismo.
As coisas estão andando de maneira sincronizada e interdependente”, observou
Gustavo Marques. O assunto já foi discutido e acordado entre a Prefeitura e as
famílias que serão contempladas com transferências e aluguéis sociais, durante
a construção das casas.
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