A Secretaria Municipal Extraordinária de Projetos Especiais (SEMPE) se fez presente no último sábado (20), na Caminhada Pela Paz, realizada na área de atuação do Programa Bacia do Bacanga no polo do Coroadinho. O evento foi organizado por diversas entidades sociais da região, com o objetivo de chamar a atenção da comunidade e das autoridades para os casos de violência registrados na área.
Inicialmente, o movimento seria voltado à defesa da
mulher, mas, segundo levantamento feito por entidades sociais do bairro, só
este ano, 15 pessoas foram assassinadas, sendo 12 moradores, dentro dos limites do Coroadinho. “Por conta
disso, o sentimento de insegurança só tem aumentado entre a população, uma vez
que a maioria dos crimes continuam sem respostas”, afirmou Tatyana Pereira, uma
das organizadoras da caminhada.
A caminhada teve iniciou às 15 hs, na União de
Moradores do Bairro do Bom Jesus. Mesmo com a chuva que caia durante toda a
caminhada isso não foi motivo para espantar as mulheres, crianças e homens que
se fizeram presentes durante o percurso. Às 16 hs outros dois grupos, que percorriam
pontos diferentes, se encontraram no Viva do Alto São José, aumentando a mobilização,
que contou com a presença de diversas lideranças locais, além de autoridades do Estado como a Juíza de
Direito, Luiza Madeiro, que em sua fala afirmou que estava presente ao evento
como cidadã e elogiou as mulheres que tinham a coragem de estar ali pedindo a
todos que seus diretos sejam respeitados. O delegado Sobrinho, supervisor de
segurança pública do Coroadinho, foi outra autoridade que se fez presente e
disse que “estamos a disposição para empreender nessa luta junto à comunidade e
combater juntos essa violência que existe hoje no polo do Coroadinho”.
Escolas, Igrejas, Entidades,
Movimentos Sociais, famílias de vítimas e Comunidade em geral se fizeram
presentes e dentre as lideranças sempre envolvidas nas ações do Programa Bacia
do Bacanga estavam o senhor João Flor, Araújo, Maximilliano Nogueira e Luís
Curvel, além da assistente social da SEMPE, Vânia Regina.
Vânia Regina, assistente social da SEMPE e a Dra. Luiza Madeiro, Juíza de Direito. |
Os manifestantes, em sua
maioria de camisas brancas, estavam com faixas e cartazes, pedindo a paz e com
panelas, apitos e carro de som fizeram o barulho necessário para que os moradores
fossem para suas portas e participassem, mesmo que de forma mais contida dessa
manifestação que tinha como objetivo o bem estar de todos.
A passeata percorreu a Rua do Arame, Rua Epitácio
Cafeteira, Rua do Seminário na Vila dos Frades, Viva do Alto São Sebastião, Rua
do Muro, Rua das Flores, Praça Mestre Felipe, Avenida Amália Saldanha e
finalizou na Praça ao lado da Fundação Bradesco, no trecho onde está localizado
o canteiro de obra do Canal do Rio das Bicas.
O
final do evento foi marcado por um grande ato simbólico, onde cruzes foram colocadas
no canteiro central da Avenida dos Africanos como forma de chamar a atenção das
autoridades para o alto índice de mortes violentas registradas na região.