14 de jun. de 2013

Rede coletora de esgoto contemplará 80% da Bacia do Bacanga

Canal do Corado
O Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga, gerenciado pela Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais (Sempe), possibilitará, nos próximos anos, que 80% dos habitantes da Bacia do Bacanga tenham acesso à rede de esgoto. Somente 39% das residências têm acesso ao serviço atualmente e, mesmo assim, não há tratamento dos resíduos.
Com a conclusão dos trabalhos de ampliação da rede de água e esgoto, o tratamento dos resíduos, que antes inexistia, alcançará uma cobertura de 80% da área. O assunto foi destaque esta semana em reportagem publicada no site do Banco Mundial (Bird). Outro destaque do projeto é a oportunidade de remoção de aproximadamente 600 famílias que hoje vivem em zonas de risco de inundação, perto de igarapés e afluentes.
O Programa da Bacia do Bacanga prevê duas alternativas para essas famílias. A primeira consiste na mudança dos moradores para conjuntos habitacionais construídos através de recursos do “Minha Casa, Minha Vida”.  Outra alternativa é o pagamento de indenização, para que as famílias possam adquirir residências em outras localidades.
Em entrevista concedida à jornalista Mariana Ceratti, autora da reportagem publicada no site do Bird, o titular da Sempe, Gustavo Marques, ressaltou a atenção que a Prefeitura está tendo na execução das obras. “O trabalho tem uma série de desafios, tanto do ponto de vista de saneamento quanto do social”, comenta.
A especialista em desenvolvimento urbano no Banco Mundial, Emanuela Monteiro, ficou surpresa com o planejamento feito pela atual gestão. “Essa é a primeira vez que a Prefeitura de São Luís trabalha integrando saneamento, melhorias urbanas e controle de risco de enchentes”, explica.
A iniciativa também cuida da recuperação de áreas antes ocupadas por esgoto a céu aberto e moradias irregulares. No lugar disso, entram calçadões, praças (como a de esporte e cultura do Coroado, atualmente em obras) e centros culturais. Além disso, o programa inclui um plano de regularização fundiária, educação ambiental (atualmente em contratação) e de formação profissional para os moradores da região do Bacanga.
O programa já começa a mudar a vida de parte dos moradores estabelecidos na região. O líder comunitário João Flor lembra que os habitantes são carentes de área de lazer. Ele citou como exemplo a conclusão da cobertura de concreto de parte do Canal do Coroado onde as pessoas passaram a usar a estrutura como se fosse um calçadão. Alguns moradores chegaram a modificar as residências para que pudessem ter uma vista da nova estrutura.

Programa da Bacia do Bacanga
O Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga foi elaborado para melhorar a vida dos moradores da região. A proposta é uma iniciativa do Banco Mundial, da Prefeitura de São Luís e do Governo Federal. Os trabalhos englobam a expansão da rede de água e esgoto e obras de drenagem que vão minimizar os riscos de inundações no local.

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