Foram
entregues na última segunda-feira (10), os certificados de conclusão às
primeiras 67 pessoas treinadas pelo Projeto “Inserção da Mão de Obra Local”, que está qualificando membros das
comunidades da Bacia do Bacanga, em diversas áreas da construção civil.
O projeto é uma das ações do “Plano de Inovação de Geração de Trabalho e Renda”,
inserido no Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida
da Bacia do Bacanga, apoiado Financeiramente Pelo Banco Mundial, e desenvolvido
através de parceria entre o Sebrae e a Prefeitura de São Luís. Serão treinadas
1.050 pessoas através de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai). As primeiras turmas treinaram membros das comunidades da
Vila Embratel e Filipinho, nos cursos de pedreiro e armador de forma e
ferragens.
De
acordo com José Cursino Raposo, Analista da Unidade de Estratégias e Diretrizes
do Sebrae-MA, a capacitação foi realizada em dois módulos, e incluiu noções de
Matemática, Higiene e Segurança, qualidade, leitura e interpretação de
projetos; além da capacitação técnica. “A prefeitura registrou 16 mil pessoas
interessadas na capacitação e, a partir daí, selecionamos os participantes de
acordo com critérios como nível de escolaridade – Ensino Médio, endereço – prioritariamente
na área Itaqui-Bacanga, e situação socioeconômica – preferencialmente pessoas
desempregadas. Após a definição das turmas, oferecemos a capacitação em
parceria com o Senai. Nosso próximo passo é atrair a parceria do Sindicato das
Indústrias da Construção no Maranhão [Sinduscon] para colocar essas pessoas visíveis
às empresas interessadas em sua contratação”, afirmou Raposo.
Para o
Secretário Municipal de Projetos Especiais, Francisco Barros, o papel
desempenhado pelo Sebrae-MA foi fundamental para o êxito do projeto idealizado
em parceria com o Banco Mundial. “De nada adianta termos a cidade cheia de
obras se não temos pessoas capacitadas. Temos hoje um dos maiores crescimentos
do país e o Sebrae, com sua expertise na área, possibilita o crescimento
profissional de forma individual, além de agregar valor aos negócios dos micro
e pequenos empresários. Estamos muito satisfeitos com os resultados já
demonstrados”, afirmou.
Projetos –
Além da capacitação de mão-de-obra
local, o Plano de Inovação de Geração de Trabalho e Renda é constituído por
mais três projetos. O primeiro, “Potenciais Micro e Pequenos Empreendedores da
Bacia do Bacanga” está identificando, treinando e orientando 312 empresários
através de consultoria empresarial focada na gestão de seus negócios e de
cursos da Matriz Educacional Sebrae.
No Projeto “Parcerias Estratégicas” estão
envolvidos a sociedade civil, o poder público e os empresários locais para a
constituição de uma governança de sustentação da iniciativa, após as intervenções
programadas.
E as ações já desenvolvidas pelo Sebrae na região,
voltadas para o Meio Ambiente, estão sendo consolidadas no Projeto “Gestão
Ambiental”, em consonância com a Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos.
“Estamos
de portas abertas para contribuir para o salto de qualidade neste estado e para
tanto, investimos na formação individual, como neste projeto”, enfatizou a
Diretora Superintendente do Sebrae, Simone Macieira.
PERSONAGENS DA NOTÍCIA
Lidiane Sousa, 28, moradora do Filipinho,
trabalhava eventualmente como garçonete. Ficou sabendo do Projeto “Inserção da Mão de Obra Local” através da divulgação
realizada na União de Moradores do bairro. Hoje ela trabalha como pedreira e
foi escolhida para falar em nome dos formandos na solenidade da última
segunda-feira. “Essa formação pode
nos abrir muitas portas no mercado de trabalho. Vivemos em outra realidade,
pois hoje a mulher já domina áreas que antigamente eram só de homens. Estou
muito feliz com o conhecimento que adquiri”, afirmou.
Já
Tatilene Santos, 28, integrou a turma composta apenas por mulheres na área
Itaqui Bacanga e ficou sabendo do curso na escola Menino Jesus de Praga onde o
filho estuda, na Vila Embratel. Autônoma, casada e mãe de dois filhos, ela
conta que desde cedo era apaixonada pela área da construção civil. Viu no curso
a oportunidade que há tanto esperava.
“Deu tão certo que o curso terminou numa quarta e na quinta já encontrei
um emprego. Estou trabalhando numa construção de um prédio fazendo rejunte.
Minha renda melhorou e agora eu não quero mais parar de estudar”, comemora.
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